quinta-feira, 13 de abril de 2017

O Silêncio do Porto



A borboleta amarela mistura-se
no frenesee das folhas...
buscando o néctar da flor...
onde o verão nunca cessa,
onde a primavera resplandesce a cada dia.

Numa noite um galho seco
numa manhã árvore florida...
que tinge no horizonte azul
as suas cores de cálido rosa
à furtacor...

Ali o sabiá fez seu ninho
e baila de galho em galho
com seu canto harmonioso, belo, singelo...
Rosa branca, laranja, magenta...

As flores da primavera moldam
a velha arena renovada...
Onde dantes guerreiros tilintavam espadas
hoje apenas cantam, em seu grito
as insurgências do coração.

Vem, aos que ali habitam
alegrar e distrair...
com suas velhas canções...
sem contudo deixar de existir
em sua alma guerreira,
que a cada amanhecer contempla
o mesmo velho porto...
das mesmas velhas emoções...
 em sua busca incessante, 
e na espera, 
por aqueles que clamam o reencontro
com seus valentes corações...

Elena Públio -  13/08/2016 Porto do Baé - Barra do Garças - MT

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